sábado, setembro 15

14 |Resenha| O Começo do Adeus - Anne Tyler

Olá pessoas!


A resenha de hoje é do livro O Começo do Adeus, da autora Anne Tyler e que foi publicado recentemente pela Editora Novo Conceito que é grande parceira aqui do blog. Leia e confira o que achei dessa história!
"Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morre."(p.162).

O Começo do Adeus
Anne Tyler

Nome Original: The Beginner's goodbye.
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581630397
Páginas: 206

Anne Tyler nos leva a um romance sábio, assustador e profundamente tocante em que descreve um homem de meia-idade, desolado pela morte de sua esposa, que tem melhorado gradualmente pelas aparições frequentes da mulher — na casa deles, na estrada, no mercado. Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz. Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.

Minha Opinião

 O Começo do Adeus é diferente de tudo que eu já li sobre pessoas e suas perdas! A história contada por Anne Tyler retrata a desde a perda, passando pela vivência do luto até a hipótese de um recomeço!


Nesse livro conhecemos de imediato Aaron Woolcott, um homem de meia idade (se é que uma pessoa com supostamente 36 anos possa ser considerado de meia idade, se formos levar isso em consideração eu estou quase lá :/) que tem uma deficiência na perna e no braço esquerdo o que o faz utilizar uma bengala e o obriga a conviver com a piedade das pessoas e que perdeu a esposa em um trágico acidente dentro de sua própria casa e que agora aparece pala ele esporadicamente e com quem ele conversa como se ela ainda estivesse entre os vivos.
 "Eu morreria se ela fosse embora. Já tinha passado por aquilo uma vez. Não achava que pudesse fazer isso de novo."(p.11).
A Dr.ª  Dorothy Rosales, mais velha do que Aaron sete anos, famosa radiologista e workaholic assumida, sempre trabalhou demais, estava sempre com seu jaleco branco e sua bolsa marrom estilo carteiro como o próprio Aaron faz questão de enfatizar. Morreu em um dia comum quando uma árvore de seu quintal tombou atingindo o solário onde ela estava depois de ter tido uma boba discussão com o marido!

Aaron nos conta a seu relacionamento desde o começo, como ele e Dorothy se conheceram, como começaram a se relacionar, como ele gostava da forma que ela o tratava, o sofrimento com a rejeição de seus pais que se posicionaram contra o casamento dele com uma mulher mais velha e até como sua irmã Nandina não gostava nem um pouco de Dorothy!
 "Ela era única entre as mulheres. Não havia ninguém como ela. Meu Deus, ela deixou um enorme vazio! Eu me senti como se tivesse sido apagado, como se tivesse sido rasgado em dois." (p.19).
A história é contada de forma bem leve e com uma profundidade muito sutil! Quando comecei a ler, estranhei um pouco a narrativa, uma vez que a Anne começa a nos contar a história do meio e depois vai retomando todo o começo até chegar a um desfecho, mas esse estranhamento passou logo que fui me familiarizando com os personagens. Digo familiarizando do real e fiel sentido da palavra, pois os personagens são tão humanos que parecem realmente que os conheço.

Aaron é um cara chato, muito rabugento que não gosta que as pessoas cuidem dele ou demonstrem a menor preocupação porque acha que só fazem isso por causa de sua deficiência, mas nem por isso deixa de ser encantador, enfrentou a perda da esposa com muita dignidade e sem se fazer de vítima da situação. Já a Dorothy é carrancuda, rigorosa com seu trabalho, porém não gosta de se abrir muito, pois pelas experiências anteriores que teve sempre teve que ser médica em tempo integral, achava que as pessoas só se aproximavam dela pra ter um diagnóstico sem precisar pagar uma consulta. Isso fez com ela se tornasse uma pessoa muito fechada!
 "Tomei gosto por me alimentar esses pequenos defeitos e não apenas por refletir sobre a razão de me irritarem tanto. Eu desejava que eles ainda me irritassem, para que eu pudesse parar de sentir saudades dela!" (p.59) 
O Começo do Adeus me lembrou muito a introspecção e o sofrimento que traz a perda de um ente querido e a forma com que lidamos com isso. Penso que, todos nós gostaríamos de dizer algo que não foi dito, antes que a pessoa se vá, e é pra isso que Dorothy “volta”, para se resolver com Aaron.

O livro me conquistou, a narrativa é limpa, fluida e muito gostosa, a temática foi abordada de uma forma bem simples, mas muito profunda e que precisa ser lida nas entrelinhas. Indico muito O Começo do Adeus é um livro simples e profundo!

Beijo♥♥♥




14 comentários:

  1. É tão complicado lidar com a perda!
    Acho que se a autora foi capaz de abordar o tema com profundidade e ao mesmo tempo leveza, já vale a leitura.
    Nunca li nenhum livro assim e espero ter a oportunidade logo.

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    1. Ela aborta o tema de uma forma bem leve Ana Paula, o livro é bem bom!! Obrigada pela visita, volte sempre!

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  2. A respeito do livro, achei que a capa poderia ser outra, quando vi, pensei que o tema era outro. Mas parece ser um livro interessante, igual você disse simples e profundo.

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    1. Verdade Elis, eu também não achei que a capa diz muito sobre a história não, apesar de ser linda!

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  3. Esse é o tipo de livro que pode ser uma lição de vida, embora nada possa nos preparar para lidar com uma perda irreparável, certos conhecimentos sobre nós mesmos podem nos fortalecer para enfrentar realidades nada agrdáveis. Quero ler.

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  4. Sempre matam pessoas depois de uma discussão... acho que é só pra fazer os personagens sofrerem mais!

    quando a sinopse dizia meia idade, eu pensei que ele já tinha vivido quase tudo que podia na vida, mas 36 anos é demais! hahaha

    Beijo

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  5. O enredo do livro até parece ser interessante, mas não tenho vontade de ler ele no momento.
    *bye*

    Louca por Romances

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  6. Achei esse livro tão fofo que fiquei viciada nele. Muito legal, eu gostei, amei a capa, amei a sinopse, a resenha deu mais curiosidade e assim eu piro de vez. Eu quero!

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  7. O livro tem um toque espírita com a volta de Dorothy, ainda não li nada do gênero.

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  8. Deve ser uma historia linda, do jeito que sou besta é capaz que eu chore do inicio ao fim kkkkk. Otima resenha :D

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  9. Quando vi a capa imaginei uma história totalmente diferente da sua resenha..
    Gostei do tema e já imagino o quanto é lindo
    o livro !!! Quero muito conhecer a história!

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  10. Gostei muito da sua resenha.
    Esse momento de dizer adeus a pessoas importantes na nossa vida é realmente muito delicado, ainda mais quando houve uma briga e existem coisas que deveriam ter sido ditas e não foram.
    Fiquei muito interessada em ler o livro depois dessa resenha.
    Beijinhos.

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  11. ah, quero tanto ler!! Fiquei arrasada com essa meia-idade aos 36 anos!!! Quer dizer que também estou chegando lá!! As pessoas podiam ser menos cruéis com as sinopses... rs...

    Acho que o livro vai me agradar muito, ele teve uma chance de ouro, poder se resolver com a esposa depois da morte dela... a maior parte dos mortais tem que lidar com todos os sentimentos que ficam sozinhos.

    Parece ser bem tocante e profundo mesmo. Meu tipo de livro.

    Juliana Xavier

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  12. Sua resenha me deixou com vontade de ler O começo do adeus. Adorei a promoção do livro e o kit!

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Obrigada pela visita!! E lembre-se, seu comentário é muito importante pra mim!!! Volte sempre!!!

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