Pra alegrar o nosso dia, que tal conhecer um pouco deste livro incrível?! Saiba mais o que achei!
À Sua Espera
Uma Viagem Filosófica ao Centro do Útero
Carla Mühlhaus
ISBN: 9788562757754
Páginas: 110
Editora: Dublinense
Ano: 2012
À sua espera" conta a emocionante jornada de uma mulher em busca da gravidez. Nesse caminho, narrado com muito bom humor, perspicácia e erudição, a protagonista "velha", aos 35 anos, sofre na carne a proximidade dos limites que sociedade, família e ela mesma estabelecem para a maternidade, vista como um idealizado estado de realização existencial. Em uma prosa etérea que faz lembrar os primeiros livros de Clarice Lispector, Carla Mühlhaus compõe um enredo forte e repleto de perguntas incômodas que deverão ser digeridas pelo leitor. Indo muito além dos convencionais títulos de chick-lit que abordam a maternidade de uma forma idílica ou essencialmente prática, o que este livro propõe é uma maneira menos óbvia de enxergar a vida – e um novo rumo para as obras de temática feminina.
Minha Opinião
À Sua espera conta a história da
“Velha”, uma mulher de 35 anos, ex-jornalista, escritora de biografias que
resolveu enfim ter filhos e começa a perceber que talvez seja tarde demais,
tanto para os padrões impostos pela sociedade, quanto para seus óvulos sonâmbulos!
O livro é narrado em terceira
pessoa, por um narrador impiedoso e divertido que muitas vezes, me fez pensar
se aquela não seria uma autobiografia escrita pela própria “Velha”?! Um misto
de filosofia, tragicomédia e sofreguidão nos acompanham pela busca incessante
da fecundidade e pelo entendimento da maternidade e de si mesma enquanto mulher
e a condição de ser mãe para ser mulher, com vários debates filosóficos que
acontecem na cabeça da nossa protagonista que estuda filosofia e nos trás
citações de vários pensadores, entre eles, e o mais citado, Foucault, me deu
saudades do tempo da faculdade em que o lia como se não houvesse amanhã!
"O importante não era ter ou não ter medo de alguém que ainda não se conhecia. O importante mesmo, e nesse momento ignorou o medo de ser piegas, era já amar alguém que ainda não existia." (p.43)
Acompanhar a trajetória da “Velha”
me fez refletir também a minha condição de mãe e mulher que está na casa dos 30
e que às vezes pensa em ter mais um filho! A culpa de ter esperando tanto
tempo, os designos divinos, as explicações e alternativas científicas para a
geração de um filho, tudo isso é abordado de uma forma bem interessante! A
novela gira em torno da situação da personagem ter protelado tanto a gravidez,
pensando que poderia acontecer quando ela quisesse e quando, de repente, ela
resolver querer, não acontece! O debate vai entre os fatores externos e
internos, dos quais ela só toma conhecimento naquele momento, que podem determinar
ou não a sua maternidade e tentar entender e aceitar que já não depende apenas
de sua vontade! Em alguns momentos o livro é bem divertido e nós mulheres,
percebemos nitidamente nossos momentos contraditórios na “Velha”! Em outros é profundamente
tocante e cheguei a me emocionar, principalmente quando ela fala de seu pai, na
verdade eu chorei copiosamente, malditos hormônios!
"A vida era mesmo um empilhar incessante de referências, a própria folha em branco sobrando-se sobre o seu clichê." (p.29)
A narrativa é poética e mesmo com
tanta filosofia é leve, uma deliciosa leitura! Quando terminei abracei o livro,
queria abraçar a “Velha” na verdade, acho que esse livro deveria ser lido por
todas as mulheres, pelo menos uma vez por ano! E aos homens que desejam
entender um pouco do nosso mundo, se é que isso é possível, também indico! A
edição feita pela Editora Dublinense é realmente primorosa, uma diagramação belíssima,
as cores escolhidas para a capa que nos remetem tanto a meninas quanto a
meninas, trazidos pela cegonha ficaram perfeita!
Estava super ansiosa pela resenha e agora que li, adorei o livro. Tenho vontade de ser mãe e fico pensando quando será a hora certa. Gostei deste pequeno mistério de quem escreveu a história, se foi a "velha" (que nem é velha, cá entre nós! rs) ou não. Mas este toque de filosofia foi o que me ganhou. Gosto das indagações e da busca por respostas!
ResponderExcluirbjs
Oiii,
ResponderExcluirTe confesso que quando vi a capa deste livro achei que não fosse gostar.
Agora eu adorei, tua resenha me deixou super curiosa. Ainda mais pelo narrador impiedoso e divertigo.
Gosto de leituras poéticas e cheias de filosofia. Espero ter a oportunidade de ler.
Beijos.
Katielle
Achei o livro bem diferente e instigante e acredito que irei gostar de lê-lo.
ResponderExcluirTambém gostei da ideia do mistério da trama, e fiquei querendo saber se foi realmente a velha que escreveu o livro.
*bye*
Sua resenha me deixou muito curiosa, quero ler o livro agora, como faz? rs. Gostei do impiedoso e divertido, parece ser um ótimo livro.
ResponderExcluirBeijos :)
ai que legal, adorei a capa e a sinopse, muito fofo
ResponderExcluirAcho que é válido pelo debate filosófico da idade de 35 anos. Gosto de temas assim que faz a gente parar e pensar.
ResponderExcluirbeijos
Oi amiga
ResponderExcluirAcho interessante a ideia do livro..
Achei pela sua resenha q tem uma pitadinha de auto ajuda.. hehehe....
mas parece ser um bom livro, ainda mais te envolvendo ao ponto de vc abraçar o livro...
Bom!
bjinhos